Desconhecida por grande parte dos brasileiros, a indústria de reciclagem animal é uma gigante que movimenta em torno de R$ 7,9 bilhões no país todos os anos.
Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira de Reciclagem Animal junto de outros números relevantes sobre a influência do setor.
A seguir, saiba mais sobre o alcance do mercado de reciclagem animal no Brasil, como é feita a sua regulamentação e qual a sua importância para a cadeia de produção da carne e para o meio ambiente.
Qual o tamanho e a relevância do mercado brasileiro de reciclagem animal?
Quando falamos sobre reciclagem, é comum pensarmos imediatamente em itens como o plástico, alumínio, vidro, entre outros semelhantes. O que poucos sabem é que também existe toda uma cadeia de reaproveitamento dedicada aos restos animais utilizados nas indústrias alimentícias e frigoríficos.
Conforme mencionamos ao início do artigo, são quase R$ 8 bilhões movimentados todos os anos. São 12,4 milhões de toneladas de matéria crua processadas anualmente, responsáveis pela obtenção de mais de 5,3 milhões de toneladas de gorduras e farinhas.
Em relação a esses produtos, inclusive, o Brasil ocupa a 12ª posição entre os principais exportadores!
Os principais destinos são, respectivamente, Vietnã, Bangladesh e Chile, que juntos representam quase 70% de toda a gordura e farinha de origem animal exportadas. 86% dessas exportações são de farinhas de carne e ossos, que são utilizadas principalmente para a fabricação de rações para animais.
São mais de 55 mil empregos diretos gerados em território brasileiro por conta da reciclagem animal, que hoje é feita em 334 indústrias que se dedicam a ela.
Dessas, 233 se caracterizam por empresas associadas diretamente aos frigoríficos ou abatedouros para o reaproveitamento dos subprodutos. As outras 111, por sua vez, são empresas com atividades independentes.
Quais os principais produtos obtidos por meio desse processo?
Os principais produtos obtidos pela indústria através da reciclagem animal incluem incontáveis itens de uso recorrente entre a população, como fertilizantes, rações para animais, detergentes, sabonetes, cosméticos, pneus, biodiesel, entre outros.
As matérias-primas utilizadas para a sua obtenção são partes de animais não consumidas pelas pessoas, como penas, ossos, sangue, aparas, vísceras, etc.
Nos frigoríficos e abatedouros ou nas próprias indústrias independentes do setor, equipamentos especiais cozinham os resíduos e carcaças em temperaturas e tempos específicos, de acordo com o subproduto pretendido.
Os sebos e gorduras que resultam do processo geralmente são base para produtos nas indústrias de limpeza, cosmética, higiene e de combustíveis.
As proteínas pesadas, por sua vez, são processadas até que se tornem farinhas, que são utilizadas em rações para suínos, aves, peixes e pets por serem ricas em proteínas, fósforo e cálcio.
Como é feita a regulamentação do setor?
As matérias-primas mencionadas no item anterior precisam necessariamente ser obtidas em locais com a devida fiscalização dos órgãos públicos e sob rastreamento da origem ao seu destino.
O principal órgão regulamentador de empresas que manipulam e elaboram itens de origem vegetal e animal é a Diretoria de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal e Animal, que pertence à Secretaria de Agricultura.
Durante todos os processos de abate, um fiscal deve estar presente para realizar inspeção. Esse fiscal deve ser habilitado para a função e possuir formação em medicina veterinária.
Os subprodutos que posteriormente serão destinados à reciclagem animal precisam respeitar esse processo de fiscalização, em que as boas práticas são verificadas não apenas em relação à qualidade, mas também ao bem-estar animal.
O mesmo fiscal atua na inspeção ante mortem, em que as condições dos animais são checadas para garantir que não existam doenças ou lesões que impeçam ou alterem as condições de abate, e post mortem.
No segundo caso, são verificadas vísceras, carcaças e demais matérias-primas originárias do abate. É nessa fase que é determinado o que é descartado e o que pode ser reciclado.
Por que a reciclagem animal também é importante para o meio ambiente?
Indispensáveis na agroindústria, os processos de reciclagem animal são justamente aqueles que garantem a viabilidade e a sustentabilidade de toda a cadeia de produção de carnes.
A prática é totalmente sustentável e contribui para que bactérias e vírus que poderiam se proliferar em grandes volumes de descartes sejam controlados, evitando doenças.
Como se não bastasse, a reciclagem de penas, ossos, sangue e carcaças ainda contribui para a manutenção do meio ambiente que não receberá esses resíduos sólidos em seus ecossistemas.
Para se ter uma ideia, a quantidade de subprodutos obtidos dos abates e reciclados seriam suficientes para encher todo o estádio do Maracanã duas vezes ao ano!
É preciso levar em consideração também que a decomposição da carcaça de uma vaca é capaz de liberar, sozinha, uma média de 1,2 toneladas de gás carbônico na atmosfera – processo que é inexistente quando há a reciclagem.
Sendo assim, mais que evitar volumes indesejados de restos mortais de animais no ambiente e evitar a proliferação de patologias, a reciclagem animal também contribui para combater a ação do efeito estufa!
Como acertar na hora de investir nesse tipo de solução para sua indústria ou frigorífico?
Referência no mercado desde 1970, o Grupo FIMACO foi fundado na Argentina e hoje exporta soluções de alta tecnologia para diversos países latinos americanos.
Entre suas linhas de produtos, estão as plantas de reciclagem animal que efetuam o processamento de subprodutos de animais nas indústrias. Dentro deste segmento oferecemos modelos de plantas para o processamento de aves, sangue, bovinos, peixes, camarão, suínos, secagem de banana e suínos com pelos.
Os processos de reciclagem disponíveis são os úmidos, secos e em baixas temperaturas, por meio de equipamentos como aerocondensador, prensas, resfriadores, trituradores, secadores, hidrolizador, acuocondensador, entre outros.
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